Com as negociações da ONU sobre um novo
acordo global para proteger a natureza nos últimos dois dias, a China divulgou
neste domingo uma proposta de texto que moldará qualquer acordo sobre a
conservação de lugares e espécies selvagens do mundo.
A presidência da cúpula de Montreal é
exercida pela China, responsável por divulgar a minuta do texto, com base nas
duas últimas semanas de negociações.
Ministros de quase 200 governos agora
precisam definir os detalhes até segunda-feira. Os formuladores de políticas
esperam que isso forneça estrutura para conservar a natureza até 2030,
semelhante à que começou com um pacto internacional para limitar as emissões de
carbono que aquecem o planeta em Paris, em 2015.
O texto, com 23 metas, reflete o
consenso sobre a proteção de 30% das áreas terrestres e costeiras e marinhas
até 2030, uma meta informalmente conhecida como 30 por 30.
Mas ela não contém uma meta global e
faz menção limitada ao oceano, o que pode deixar as águas internacionais
desprotegidas.
A mobilização financeira continua
sendo outro ponto crítico nas negociações, e o rascunho propõe a alocação de
200 bilhões de dólares por ano para iniciativas de conservação, meta crítica
para a implementação bem-sucedida de qualquer acordo.
Os países em desenvolvimento
pressionavam para que metade desse valor passe dos países ricos para os mais
pobres.
Ele também observa que o dinheiro
pode vir voluntariamente de qualquer país - um aceno ao desejo das nações
desenvolvidas de que países com grandes economias, como China e Brasil, também
contribuam com fundos.
Um dos maiores pontos de discórdia
foi se um novo fundo deve ser estabelecido para esse dinheiro. Na quarta-feira,
negociadores de países em desenvolvimento abandonaram uma reunião de financiamento
em protesto.
O texto não especifica se os
subsídios nocivos devem ser eliminados, eliminados gradualmente ou reformados,
mas sugere que devem ser reduzidos em pelo menos 500 bilhões de dólares por ano
até o final da década.
O texto não aborda a redução do uso
de pesticidas, mas diz que os riscos deles e de outros produtos químicos
altamente perigosos devem ser reduzidos ao menos pela metade.
Reuters, Gloria Dickie e Isla Binnie
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