Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), o brasileiro gasta uma média de 150 dias por ano trabalhando só para pagar impostos. Em 2013, os tributos comprometeram cerca de 41% da renda do trabalhador. Entre os impostos que mais pesaram sobre os contribuintes, o campeão foi o ICMS, responsável por 21% do total, seguido por INSS e IR, com 18% e 17%, respectivamente. Veja mais, aqui.
As lições de Tiradentes se perderam no tempo?
As lições de Tiradentes se perderam no tempo?
III – Coleção Educação, Teatro e Democracia (peças teatrais infanto-juvenis):
No Brasil colonial destacou-se, na economia, a mineração.
Pelos idos de 1690 o ouro foi descoberto em Minas Gerais, em 1719 em Mato Grosso e em 1725 em Goiás.
Portugal entrou em êxtase com a nova oportunidade. E logo a nova riqueza representada pela exploração do minério recebeu uma legislação específica.
Os fiscais da Coroa eram os responsáveis pela distribuição das cobiçadas terras auríferas. E quanto mais ricas e poderosas as pessoas, maiores eram os lotes recebidos.
A título de imposto, Portugal ficava com nada menos que 1/5 de todo o ouro encontrado. Cabia à Intendência de Minas exercer a fiscalização da atividade e cobrar o Quinto.
O processo de cobrança era simples e eficaz. Todo o ouro encontrado deveria, necessariamente, ser levado à Casa de Fundição, que o processava de modo a transformá-lo em barras. Ao retornar para o mineiro, a Coroa já tinha retido seus 20%. Não havia outra forma legal para o ouro circular.
No período do Marquês de Pombal – Primeiro Ministro do rei D. José I, Portugal passou a exigir que o Brasil pagasse, no mínimo, 100 arrobas de ouro anualmente.
A atividade atraiu levas de imigrantes de modo que, quando a operação começou a ser tornar mais complexa, exigindo outro tipo de tecnologia para a extração do minério, o setor começou a declinar, quando então o Quinto se tornou um tributo por demais asfixiante para os mineradores.
E as penas para o descumprimento das leis eram severas, implicando em degredo ou prisão.
Foi chegando a um ponto que os protestos e revoltas começaram a eclodir, destacando-se o movimento de 1789 que entrou para a história brasileira com o nome de Inconfidência Mineira.
O movimento levou à execução de Tiradentes no ano de 1792. Levado à forca, o mártir da Independência brasileira teve ser corpo esquartejado e sua cabeça exposta em logradouro público, como exemplo para os que ousassem desafiar o sistema colonial e as determinações da metrópole.
A cobrança do Quinto foi o mote encontrado pelos inconfidentes para obter apoio popular para a revolta.
Basta comparar os impostos praticados no Brasil colônia com os cobrados atualmente para perceber que as coisas pioraram, e bastante. Aliás, a sociedade civil agradeceria se o atual governo praticasse as mesmas taxas exigidas pela Coroa. Se Portugal estimulou revoltas e mais revoltas ao cobrar 20%, hoje o governo retira da sociedade algo em torno de 50% de tudo o que a nação produz.
Em alguns produtos os valores dos impostos pagos pelo consumidor beiram à extorsão.
Toda vez que o consumidor abastece o automóvel, deixa com o governo cerca de 60% do que desembolsa. Quando bebe uma cerveja, entrega ao fisco também em torno de 60% do que paga. E ai segue, com a prática de tributos escandalosos, nada escapando à fúria arrecadatória do governo.
Dentre os países em desenvolvimento, o Brasil tem a maior carga tributária. É a segunda maior do planeta, só perdendo para a Dinamarca. Mas existe aqui uma diferença determinante, fundamental. No país europeu, tudo funciona como um relógio suíço, já por aqui...
Por aqui, o problema estrutural é que o governo arrecada muito, muitíssimo, e administra mal, muito mal. Não consegue retornar à sociedade – com serviços de qualidade - a colossal soma de recursos que confisca imperativamente.
Sobretudo setores como a infra-estrutura física e econômica, a segurança, saúde e a educação no Brasil encontram-se em frangalhos, em estado de indigência e completa insolvência.
Parte expressiva dos impostos arrecadados é manejada pelas ratazanas para alimentar a descomunal rede de corrupção. Uma outra parte considerável se perde nas teias intrincadas da burocracia, nos labirintos de um aparelho de Estado ineficaz e perdulário, na gestão desqualificada, no gigantismo abissal dos poderes da República... De modo que só uma pequena fração dos recursos investidos chega ao destino final, à ponta do processo.
A grande verdade é que o Governo brasileiro é uma mistura de Dinamarca com Gabão. Sua eficiência para arrecadar se nivela à européia, mas a qualidade de sua gestão não consegue superar sequer a do Gabão ou, com mais precisão, à de Serra Leoa, o país mais pobre do mundo, com uma renda per capita de 490 dólares por ano e expectativa de vida de 39 anos.
É tanta injustiça que Tiradentes e os inconfidentes de Minas devem purgar dias e noites revirando nos túmulos, indignados com a aleivosia que domina o cenário nacional. O país tem se tornado uma fraude e a sociedade precisa se mobilizar para que o sonho dos inconfidentes não se perca nas páginas de livros mal cuidados esquecidos nos escaninhos das bibliotecas.
Antônio Carlos dos Santos – criador da metodologia de Planejamento Estratégico Quasar K+, da tecnologia de produção de Teatro Popular de Bonecos Mané Beiçudo e da metodologia ThM-Theater Movement.
Pelos idos de 1690 o ouro foi descoberto em Minas Gerais, em 1719 em Mato Grosso e em 1725 em Goiás.
Portugal entrou em êxtase com a nova oportunidade. E logo a nova riqueza representada pela exploração do minério recebeu uma legislação específica.
Os fiscais da Coroa eram os responsáveis pela distribuição das cobiçadas terras auríferas. E quanto mais ricas e poderosas as pessoas, maiores eram os lotes recebidos.
A título de imposto, Portugal ficava com nada menos que 1/5 de todo o ouro encontrado. Cabia à Intendência de Minas exercer a fiscalização da atividade e cobrar o Quinto.
O processo de cobrança era simples e eficaz. Todo o ouro encontrado deveria, necessariamente, ser levado à Casa de Fundição, que o processava de modo a transformá-lo em barras. Ao retornar para o mineiro, a Coroa já tinha retido seus 20%. Não havia outra forma legal para o ouro circular.
No período do Marquês de Pombal – Primeiro Ministro do rei D. José I, Portugal passou a exigir que o Brasil pagasse, no mínimo, 100 arrobas de ouro anualmente.
A atividade atraiu levas de imigrantes de modo que, quando a operação começou a ser tornar mais complexa, exigindo outro tipo de tecnologia para a extração do minério, o setor começou a declinar, quando então o Quinto se tornou um tributo por demais asfixiante para os mineradores.
E as penas para o descumprimento das leis eram severas, implicando em degredo ou prisão.
Foi chegando a um ponto que os protestos e revoltas começaram a eclodir, destacando-se o movimento de 1789 que entrou para a história brasileira com o nome de Inconfidência Mineira.
O movimento levou à execução de Tiradentes no ano de 1792. Levado à forca, o mártir da Independência brasileira teve ser corpo esquartejado e sua cabeça exposta em logradouro público, como exemplo para os que ousassem desafiar o sistema colonial e as determinações da metrópole.
A cobrança do Quinto foi o mote encontrado pelos inconfidentes para obter apoio popular para a revolta.
Basta comparar os impostos praticados no Brasil colônia com os cobrados atualmente para perceber que as coisas pioraram, e bastante. Aliás, a sociedade civil agradeceria se o atual governo praticasse as mesmas taxas exigidas pela Coroa. Se Portugal estimulou revoltas e mais revoltas ao cobrar 20%, hoje o governo retira da sociedade algo em torno de 50% de tudo o que a nação produz.
Em alguns produtos os valores dos impostos pagos pelo consumidor beiram à extorsão.
Toda vez que o consumidor abastece o automóvel, deixa com o governo cerca de 60% do que desembolsa. Quando bebe uma cerveja, entrega ao fisco também em torno de 60% do que paga. E ai segue, com a prática de tributos escandalosos, nada escapando à fúria arrecadatória do governo.
Dentre os países em desenvolvimento, o Brasil tem a maior carga tributária. É a segunda maior do planeta, só perdendo para a Dinamarca. Mas existe aqui uma diferença determinante, fundamental. No país europeu, tudo funciona como um relógio suíço, já por aqui...
Por aqui, o problema estrutural é que o governo arrecada muito, muitíssimo, e administra mal, muito mal. Não consegue retornar à sociedade – com serviços de qualidade - a colossal soma de recursos que confisca imperativamente.
Sobretudo setores como a infra-estrutura física e econômica, a segurança, saúde e a educação no Brasil encontram-se em frangalhos, em estado de indigência e completa insolvência.
Parte expressiva dos impostos arrecadados é manejada pelas ratazanas para alimentar a descomunal rede de corrupção. Uma outra parte considerável se perde nas teias intrincadas da burocracia, nos labirintos de um aparelho de Estado ineficaz e perdulário, na gestão desqualificada, no gigantismo abissal dos poderes da República... De modo que só uma pequena fração dos recursos investidos chega ao destino final, à ponta do processo.
A grande verdade é que o Governo brasileiro é uma mistura de Dinamarca com Gabão. Sua eficiência para arrecadar se nivela à européia, mas a qualidade de sua gestão não consegue superar sequer a do Gabão ou, com mais precisão, à de Serra Leoa, o país mais pobre do mundo, com uma renda per capita de 490 dólares por ano e expectativa de vida de 39 anos.
É tanta injustiça que Tiradentes e os inconfidentes de Minas devem purgar dias e noites revirando nos túmulos, indignados com a aleivosia que domina o cenário nacional. O país tem se tornado uma fraude e a sociedade precisa se mobilizar para que o sonho dos inconfidentes não se perca nas páginas de livros mal cuidados esquecidos nos escaninhos das bibliotecas.
Antônio Carlos dos Santos – criador da metodologia de Planejamento Estratégico Quasar K+, da tecnologia de produção de Teatro Popular de Bonecos Mané Beiçudo e da metodologia ThM-Theater Movement.
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Dramaturgo, o autor transferiu para seus contos literários toda a criatividade, intensidade e dramaticidade intrínsecas à arte teatral.
São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas.
Os contos:
1. Tiradentes, o mazombo
2. Nossa Senhora e seu dia de cão
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara
4. O lugar de coração partido
5. O santo sudário
6. Quando o homem engole a lua
7. Anos de intensa dor e martírio
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro
9. O desterro, a conquista
10. Como se repudia o asco
11. O ladrão de sonhos alheios
12. A máquina de moer carne
13. O santuário dos skinheads
14. A sorte lançada
15. O mensageiro do diabo
16. Michelle ou a Bomba F
17. A dor que nem os espíritos suportam
18. O estupro
19. A hora
20. As camas de cimento nu
São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas.
Os contos:
1. Tiradentes, o mazombo
2. Nossa Senhora e seu dia de cão
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara
4. O lugar de coração partido
5. O santo sudário
6. Quando o homem engole a lua
7. Anos de intensa dor e martírio
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro
9. O desterro, a conquista
10. Como se repudia o asco
11. O ladrão de sonhos alheios
12. A máquina de moer carne
13. O santuário dos skinheads
14. A sorte lançada
15. O mensageiro do diabo
16. Michelle ou a Bomba F
17. A dor que nem os espíritos suportam
18. O estupro
19. A hora
20. As camas de cimento nu
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AS OBRAS DO AUTOR QUE O LEITOR ENCONTRA NAS LIVRARIAS amazon.com.br:
A – LIVROS INFANTO-JUVENIS:
I – Coleção Educação, Teatro e Folclore (peças teatrais infanto-juvenis):
II – Coleção Infantil (peças teatrais infanto-juvenis):
Livro 8. Como é bom ser diferente
III – Coleção Educação, Teatro e Democracia (peças teatrais infanto-juvenis):
IV – Coleção Educação, Teatro e História (peças teatrais juvenis):
V – Coleção Teatro Greco-romano (peças teatrais infanto-juvenis):
B - TEORIA TEATRAL, DRAMATURGIA E OUTROS
VI – ThM-Theater Movement: