Meus caros, leiam o artigo que
extraí do Jornal de Brasília, edição do dia 9 deste mês. Retorno na sequência.
PF investiga fraude no Ministério da Saúde
Edital destinado a alugar veículos para Secretaria Especial de Saúde Indígena foi manipulado
LICITAÇÕES MILIONÁRIAS
Mino Pedrosa e Lindauro Gomes, especial para o
Jornal de Brasília
Fim
de semana agitado na Capital Federal por conta das denúncias sobre fraudes em
licitações milionárias no Ministério da Saúde. O ex-ministro petista Alexandre
Padilha, candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes de São Paulo, pode
estar sem dormir desde a última sexta-feira.
Para
completar, as denúncias têm acirrado os ânimos da imprensa internacional, como
é o caso da BBC, inglesa, que desde janeiro tenta explicações do secretário
Especial de Saúde Indígena, Antônio Al ves, sobre a mortandade de índios no
Brasil, que estariam abandonados pelo Ministério desde 2007.
DEIXOU RASTROS
Um
e-mail, que te ria sido criado na trama para fraudar licitação do Ministério da
Saúde, deixou rastros com provas irrefutáveis de uma organização criminosa, que
seria conhecida do então ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Foi no
escritório de advocacia Jacoby Fernandes e Reolon Advogados e Associados, na
Península dos Ministros, local dos mais nobres de Brasília, que foi formatado o
edital dirigido a alugar veículos para a Secretária Especial de Saúde Indígena
do Ministério da Saúde (Sesai).
O
contrato superfaturado teve como objetivo a prestação de serviços continuados
de transportes (locação de veículos com motoristas), nos modelos pick-up,
pick-up para urgência e emergência em Plantão Noturno, carro popular e van,
todos destinados a atender ao Distrito Especial de Saúde Indígena na Bahia,
conforme especificações e quantitativos estabelecidos no Termo de Referencia e
no Edital de Licitação.
A
intenção do grupo que montou o processo era ter em mãos a Ata de Registros de
Preços, o que permitiria atuar em todo o Brasil em licita -ções públicas com o
mesmo objeto. A Ata é um recurso muito utilizado por administradores dispostos
a fugir de concorrências e colocar contratos bilionários nas mãos de
companheiros. A documentação e as gravações que trazem os registros do
computador do escritório de advocacia chegaram às mãos da Polícia Federal e ao
Ministério Público em São Paulo.
O
assunto deu munição para a oposição sair para o contra-ataque. Nos corredores
do Congresso, as denúncias circularam como bombas na última sexta-feira. O
líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), acionou o Tribunal
de Contas da União (TCU) pedindo auditoria completa nos contratos da locadora
de veículos
San Marino com o Governo Federal. O senador tucano Álvaro Dias (PR) também não
deixou barato e vai pedir ao Ministé rio Público, que se aprofunde nas in
vestigações sobre as denúncias en volvendo Padilha e outros prováveis participantes
do esquema.
O presidente do PSB de São Paulo, deputado federal Marcio
França, também vai ao Ministério Público paulista e PF, onde toda a docu
mentação da denúncia foi entregue pedir urgência nas investigações.
Locadora de veículos San Marino, a empresa
vencedora, cobriu despesas. O pregão foi realizado na Bahia para evitar grandes
empresários brasilienses. A quantidade de carros exigidos também limitava a
participação no edital de megaempresas com fortes estruturas e elevado aporte
de capital.
Pois bem, agora, leitor amigo, vamos ao artigo que
escrevi sobre o assunto. Para ler, clique aqui: Mais verbas ou mais gestão?