domingo, 1 de dezembro de 2024

9 fatos inacreditáveis sobre a vida de Ernest Hemingway


Ernest Hemingway é uma lenda. O escritor, nascido em 21 de julho de 1899, participou das duas guerras mundiais, sobreviveu a dois acidentes de avião, teve seus livros queimados pelos nazistas, deu nome a um corpo celeste que orbita o sol e, como se isso não fosse o suficiente, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Se você já pensou em seguir a carreira literária, mas achou que a vida de escritor não é agitada o suficiente para sua personalidade, conheça nove fatos sobre o autor americano que te farão mudar de ideia.

Há uma sociedade de sósias do escritor nos EUA

Se você é um senhor com uma barba branca, uma prateleira cheia e um pouco de tempo livre, chegou a hora de comprar sua passagem para os EUA. É lá que fica a Sociedade de Sósias de Hemingway, que é exatamente isso que você está pensando: um grupo de pessoas cujo hobby é ser o mais parecido possível com o escritor, que eles conhecem pela carinhosa alcunha de “Papa”.

A associação organiza um concurso anual para eleger a imitação mais convincente do autor, que acontece todo dia 21 de julho, seu aniversário, no bar Sloppy Joe’s, em Key West, na Flórida.

“Hemingway” é o nome de uma categoria de bêbado

Psicólogos da Universidade de Missouri publicaram, em abril do ano passado, um estudo na revista científica Pesquisa e Teoria do Vício que confirmou um fato já conhecido dos frequentadores mais assíduos de bares e botecos: há mais de um tipo de bêbado.
Surpreendente mesmo é que, na hora de dar nome a cada grupo de ébrios, a categoria dos bêbados impassíveis – aqueles que viram uma garrafa de uísque e continuam agindo como se nada tivesse acontecido – , ganhou justamente o nome de Ernest Hemingway. Gênio literário, repórter de guerra e, além de tudo, referência científica em cara cheia.

Uma de suas obras virou uma música do Metallica

Ernest Hemingway não pegava pesado só no bar. Ele também foi a inspiração da canção For Whom the Bell Tolls, do Metallica, uma referência ao título do romance Por Quem os Sinos Dobram (1940). Na história, um voluntário americano que participa da Guerra Civil Espanhola recebe a missão de demolir uma ponte com explosivos durante um ataque à cidade de Sergóvia. O relato foi baseado na experiência do próprio autor como repórter no conflito. Na música, é o contrabaixo distorcido de Cliff Burton dá o tom do desespero.

Ele foi motorista de ambulância na Primeira Guerra Mundial

Em 1918, último ano da Primeira Guerra Mundial, o jovem Hemingway, com apenas 19 anos, respondeu a um chamado de recrutamento da Cruz Vermelha em Kansas City para ser motorista de ambulância no front da Itália. Chegando lá, acompanhou o resgate dos corpos das funcionárias de uma fábrica de munição bombardeada, e foi atingindo nas pernas pela explosão de um morteiro quando levava cigarro e chocolate para os colegas.

E assistiu, como repórter, à invasão da Normandia, já na Segunda Guerra

O autor pousou em Londres em maio de 1944 para cobrir o conflito, e nem precisou colocar os pés no campo de batalha para sofrer um acidente de carro e ganhar uma concussão. A cabeça coberta de bandagens não o abalou, e ele subiu em um barco para acompanhar de perto o Dia-D, o desembarque das forças aliadas no litoral norte da França em 6 de junho. Algum tempo depois, acompanhou uma milícia francesa infiltrada em território dominado pelo exército alemão e deu tantos conselhos bons que se tornou, na prática, líder do grupo. Quase foi processado acordo com as normas da convenção de Genebra, que proíbem que um jornalista exerça atividades militares. Só esperamos que ele tenha recebido o adicional por insalubridade.

Há um asteróide chamado Hemingway

Se você gosta de literatura porque está sempre com a cabeça nas nuvens, fique de olho nas redondezas. Hemingway está no céu, e isso não é um eufemismo para sua morte. Em 1978, o astrônomo soviético Nikolai Chernykh batizou um asteróide que orbita o sol de 3656 Hemingway

Havia um concurso de paródias de autor

Foi no inverno frio de 1949 que o célebre autor americano escolheu uma mesa de estimação no Harry’s Bar, em Veneza, na Itália, para dar os toques finais no romance Na Outra Margem, Além das Árvores. O estabelecimento, mencionado diversas vezes ao longo da obra, ganhou projeção internacional, e se tornou um dos pontos turísticos favoritos dos fãs do escritor.

Mais de quarenta anos depois, um anúncio de uma página na revista New Yorker de novembro de 1991 trazia o seguinte título: “Mais uma vez, uma página muito boa de Hemingway muito ruim vai levar você e um amigo à Itália para um jantar”.

Era o chamado para décima segunda edição do Concurso Internacional de Imitações de Hemingway. O objetivo? Escrever uma página de paródia perfeita do estilo do autor, mas com muito bom humor. O prêmio? Duas passagens de ida e volta à Itália para jantar na filial de Florença do lendário Harry’s Bar. O concurso, cuja primeira edição foi organizada em 1977, financiada pelo próprio bar, acabou em 2005, quando a United Airlines, que nos últimos cinco anos forneceu as passagens para a Itália e publicou as melhores paródias em sua revista corporativa, desistiu do patrocínio.

Se alguém comemorou o fim da brincadeira, foi o próprio Hemingway, que afirmou que “para o escritor de paródias, escrever na parede do mictório é um passo além”.

Os nazistas queimaram seus livros em 1933


Em 10 de maio de 1933 começou, na Alemanha, a queima de livros considerados subversivos pelo regime de Adolf Hitler. Dezenas de milhares de livros de autores anarquistas, liberais, socialistas e comunistas foram queimados, além de muitos clássicos da literatura e praticamente todas as obras escritas por judeus. Como era de se esperar, Hemingway estava na lista negra.

Ele sobreviveu a duas quedas de avião


É um desafio encontrar alguma parte do corpo que Hemingway não tenha fraturado. Em um voo de observação sobre o Congo Belga, atual República Democrática do Congo, em 1952, o avião em que o escritor estava caiu, e ele feriu a cabeça. Tentou pegar um segundo avião para buscar resgate na cidade de Entebbe, mas ele explodiu na decolagem. O saldo final, segundo sua esposa, foram rupturas nos rins e no fígado, o crânio quebrado, um ombro deslocado e duas vértebras fraturadas. As dores da recuperação agravam o alcoolismo do autor, que cometeria suicídio em 1961.

Por Bruno Vaiano, na Galileu


____________________________

Metallica - For Whom The Bell Tolls






Por Quem Os Sinos Dobram?

Faça sua luta na colina no amanhecer do dia
Calafrio constante lá no fundo
Atirando suas armas
Lá vão eles a correr pelo cinza sem fim
Continuam a lutar, pois estão certos
Sim, mas quem irá dizer?
Por uma colina, homens matariam
Por que? eles não sabem
Ferimentos sofridos testam seu orgulho
Homens de cinco, ainda vivos
Pelo brilho enfurecido
Enlouquecidos pela dor
Que eles certamente conhecem

Por quem os sinos dobram
O tempo marcha em diante
Por quem os sinos dobram

Dê uma olhada para o céu
Momentos antes de morrer
É a última vez que irá vê-lo
Rugido enegrecido, rugido massivo
Enche o céu à desabar
Objetivo despedaçado preenche a alma
Com um lamento impiedoso
Estranhos agora são seus olhos à esse mistério
Ele ouve o silêncio tão alto
Raiar da manhã, tudo se foi
Exceto a vontade de viver
Agora eles veem o que será
Olhos cegos para enxergar

Por quem os sinos dobram
O tempo marcha em diante
Por quem os sinos dobram

___________________

Acesse os livros de Antônio Carlos dos Santos na amazon.com ou amazon.com.br

Clique aqui.

https://www.amazon.com/author/antoniosantos

......................................


Para saber mais sobre o livro, clique na sua capa, acima.

O livro de contos "Tiradentes, o mazombo"

Dramaturgo, o autor transferiu para seus contos literários toda a criatividade, intensidade e dramaticidade intrínsecas à arte teatral. 

São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas. 

Os contos: 
1. Tiradentes, o mazombo 
2. Nossa Senhora e seu dia de cão 
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara 
4. O lugar de coração partido 
5. O santo sudário 
6. Quando o homem engole a lua 
7. Anos de intensa dor e martírio 
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro 
9. O desterro, a conquista 
10. Como se repudia o asco 
11. O ladrão de sonhos alheios 
12. A máquina de moer carne 
13. O santuário dos skinheads 
14. A sorte lançada 
15. O mensageiro do diabo 
16. Michelle ou a Bomba F 
17. A dor que nem os espíritos suportam 
18. O estupro 
19. A hora 
20. As camas de cimento nu